Camp. Europa de Triatlo - Prova Aberta (Super-Sprint)

Tenho de confessar que ainda hoje me arrependo de não ter tentado a inscrição na prova de Sprint ou Olímpica do Campeonato da Europa de Triatlo. Tenho ideia de que no meu Age Group ficaram lugares por preencher, ou seja, apesar de não ter participado em nenhuma prova de selecção, possivelmente teria conseguido um lugar.

Não me tentei inscrever devido ao preço da prova e ainda ao facto de ter de adquirir o tri-suit de Portugal. A este raciocínio faltou a ponderação do tipo de evento e de oportunidade quase única. :(

Não me tendo inscrito em nenhuma das provas principais restava a prova aberta que seria um Super-Sprint.

Sendo uma prova tão curta, tinha como objectivo claro melhorar o meu tempo face ao realizado no Triatlo da Amora, apesar de ser complicado comparar tempos em provas com percursos distintos.

Assim no Domingo à tarde, fui com a Rita para o Parque das Nações para participar no meu 4.º Triatlo.

Segmento 1 - Natação (00:04:35)

A minha ideia era começar logo na natação a impor um ritmo forte e por isso não me devia ter posicionado tão atrás como de costume.

Prefiro partir mais atrás nestas provas para evitar a confusão inicial da natação, mas havia 
pouca gente a participar. Assim que comecei a nadar apanhei logo alguns atletas pela frente, tendo de os ultrapassar, ou seja, mais valia ter-me posicionado a meio do "pelotão".


 


Desta vez o pensamento não foi o de estar numa piscina, mas sim o de tentar "acelerar", mantendo uma técnica certinha. Depois de feitas as ultrapassagens iniciais, consegui ir num bom ritmo até à primeira (e única) bóia. Agora era só ir a direito até à rampa de acesso ao parque de transição.

Não havendo mais nenhuma bóia e tendo o sol mesmo de frente, ficava mais complicado descobrir a rampa de saída da água, mas acabei por lá chegar. Tenho a sensação que, no final já ao subir para a rampa, me meti um pouco à bruta no meio de dois colegas. Peço desculpa!

No final do segmento de natação, o relógio registou uma distância de 270 metros feitos a um ritmo de 01:43 min/100m.




 

Transição 1 - Natação - Ciclismo (01:50)

O acesso ao parque de transição (PT) era mais longo do que no Triatlo de Lisboa e apesar de ter saído mais ofegante da água, consegui ir até à minha bicicleta sempre a correr.

Mais uma vez tirei o Wetsuit sem qualquer problemas, mas quando me baixei para calçar as meias apareceram novamente as tonturas. É estranho que ao sair da água esteja bem e só quando baixo a cabeça já ao pé da bicicleta me sinta assim.

Devido às tonturas acabei por colocar um joelho no chão para ajudar a calçar as meias e sapatos. Quando pus o capacete e peguei na bicicleta (desta vez levei o dorsal já à cintura dentro do wetsuit para poupar tempo), ainda não estava a 100%, mas passou assim que comecei a correr para sair do PT.



Segmento 2 - Ciclismo (00:17:53)

Comecei o ciclismo com um susto. Uns 100 metros depois de sair do PT, julgo que ao passar numa lomba, o atleta que ia ao meu lado embrulhou-se com os pilares que dividiam a estrada da ciclovia e só o vi a saltar enquanto a bicicleta dava umas cambalhotas no ar. Espero que não tenha ficado maltratado.

Tinha a expectativa de conseguir fazer um segmento de ciclismo bem mais rápido, mas não aconteceu. Não sei se por ter nadado mais rápido que o habitual ou se simplesmente por falta de treinos. Fui sempre com a sensação de ir muito em esforço e sem conseguir puxar mais.

Ainda tentei seguir algumas rodas, mas sempre por pouco tempo, o que me deixou algo frustrado.

No final do segmento de ciclismo, o relógio registou uma distância de 8,77 Km feitos a um ritmo de 29,9 Km/h.

Transição 2 - Ciclismo - Corrida (00:57)

Esta transição foi feita sem problemas e dentro da normalidade. Continuo a usar os atacadores de elástico nos ténis, o que facilita imenso.


Acho que só vou conseguir reduzir tempo significativo nesta transição quando conseguir descalçar os sapatos de ciclismo em cima da bicicleta. Correr com aqueles sapatos faz-me perder muito tempo.



 

Segmento 3 - Corrida (00:10:40)

No inicio do último segmento da prova, não tinha qualquer ideia do tempo que estava a fazer. O relógio tinha os botões bloqueados e não me apeteceu perder tempo a mudar de ecrã. Qualquer que fosse o tempo, o objectivo era mais uma vez ir sempre no máximo. Afinal eram só 2 Km de corrida.

Estava bastante expectante com a passagem por dentro do MEO Arena e embora não estando muita gente lá dentro, e de ser apenas a prova aberta foi um momento especial. 


Apesar da sensação de ter dado o máximo neste último segmento, fiquei novamente um pouco frustrado por ter sido passado por bastante gente em apenas 2 Km's de corrida.

Supostamente o ritmo nem foi mau (média de 04:58 min/km), mas não me posso fiar a 100% no relógio devido à passagem pelo interior do MEO Arena.

Com a aproximação da meta e nova entrada no pavilhão, consegui ir buscar forças para fazer toda a volta lá dentro em sprint, mesmo não tendo ninguém à frente para passar. Tive ainda direito a ouvir o speaker a dizer o meu nome antes de cortar a meta :)

No final do segmento de corrida, o relógio registou uma distância de 1,96 Km feitos a um ritmo de 04:58 min/km.




 


Conclusão:

Mesmo não tendo conseguido dar o que queria no ciclismo, não me posso queixar do resultado final. Tendo em conta as diferenças nos percursos e sem saber se as distâncias foram as mesmas que na Amora, tirei cerca de 5 minutos ao tempo dessa prova, o que é um bom resultado.


A Minha Prova:


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5 comentários:

  1. Excelente estás em boa forma!
    Continuo a adorar ler estás descrições de um triatlo por dentro!
    Posso estar a dizer uma asneira enorme mas tenho ideia que no sector do ciclismo há quem opte por soltar as correias dos sapatos deixando o mesmos presos nos pedais automáticos e limitando-se a tirar os pé e o mesmo quando se monta na bicicleta, os sapatos já estão encaixados nos pedais! Mas não percebo nada disso, podes esclarecer-me? Um abraço.

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    1. Não estas a dizer asneira nenhuma Jorge, a maior parte do pessoal é isso que faz. Os sapatos ficam logo encaixados nos pedais e com um elástico prende-se a parte de trás do sapato ao quadro. Quando se monta a bicicleta e começa-se a pedalar o elástico rebenta e depois é "só" calçar os sapatos quando se vai mais embalado.

      Para conseguir fazer isso alem de treino ajuda ter uns sapatos triatlo. Sim também no ciclismo existe divisão entre sapatos de ciclismo e de triatlo. A diferença é que alem de serem mais "abertos" para o pé entrar melhor a correia do sapato abre para o lado de fora da bicicleta.

      Os sapatos que eu tenho são de ciclismo e como acho que não tenho, ainda, habilidade para fazer esse "truque" com a correia a abrir para o lado de dentro ainda acabo com os sapatos embrulhados na pedaleira e era pior.

      Um dia quando os trocar tenho de treinar essa parte do montar (e desmontar) a bicicleta já com os sapatos lá.

      Abraço.

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    2. Obrigado! Cada vez aprendo mais aqui e como eu gosto disso! Um abraço.

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  2. Muitos parabéns! Grande prova!
    E acredito que tenha sido especial essa passagem pelo Pavilhão Atlântico (hoje Meo Arena, amanhã sabe-se lá o quê)

    Um abraço

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    1. Obrigado João.

      É um sitio diferente para terminar uma prova, foi engraçado :)

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