39ª Corrida da Liberdade

Este ano tem sido um pouco atípico no que diz respeito à corrida. Vamos quase no final de Abril, tenho poucos quilómetros corridos e apenas 2 provas de efectuadas em que a segunda foi este fim de semana na Corrida da Liberdade.

Não tinha planeado ir a esta prova, mas à ultima hora acabei por pedir ao João para me inscrever. A corrida era perto de casa, à borla e sempre dava para estar um bocado na conversa com eles, não ia com pressão de fazer grandes tempos ou manter o ritmo X.

A última prova que fiz tinha sido em Janeiro e já confesso que já tinha algumas saudades do ambiente que se vive nestes dias. Depois de por a conversa em dia, de se tirar a foto da praxe e de um curto aquecimento estava pronto para começar a prova.


Desde a prova de Janeiro que não fazia mais de 7 Km a correr por isso parti para esta prova sem qualquer objectivo de tempo e sem saber como é que me ia correr. Para alem disso estava a experimentar umas palmilhas novas, da CurrexSole, para tentar resolver o problema das dores no pé que me andam a atormentar depois de todos os treinos que faço.

Comecei a prova lentamente na companhia do João Lima, a minha ideia era seguir ao ritmo dele enquanto aguentasse, quando não desse mais seguia ao meu ritmo, acabámos por seguir juntos até ao final :)



Iamos na conversa e inconscientemente quilómetro após quilómetro estávamos a aumentar o ritmo. Eu ja ia com essa sensação mas foi por volta do Km 6 que comentámos isso. Tinhamos começado a cerca de 6:15 min/Km e nesta altura já seguiamos a cerca de 5:20 min/km. Nada mau, mas sentia que não dava mais que aquilo.


Faltava a parte dos túneis que a mim quebra-me sembre um bocado o ritmo e faz alguma mossa, especialmente o último. Apesar disso fiquei bastante satisfeito por estar a aguentar-me a estes ritmos tendo em conta o pouco treino de corrida que ando a fazer. O pé também estava a aguentar-se bem o que me dava boas prespectivas em relação às palmilhas.


Já quase no final da descida ainda tentámos acelerar um bocadinho para terminar abaixo dos 59 minutos. 


Foi quase... o relógio estava com os botões desbloqueados por isso atrapalhei-me ali um bocado antes de o parar aos 00:59:02




Fiquei satisfeito por ter optado por ir à prova, e mais ainda por no pós prova não ter sentido nada de anormal nos pés como era costume. Tenho ainda de fazer mais uns treinos mas para já parece que as CurrexSole foram uma boa aposta.


A Minha Corrida:

Participações nesta prova:

Edição Data Distância Tempo Chip Média Km 5 Km 10
39ª 2016-04-25 10,78 00:59:02 05:28 00:28:18 00:55:19
38ª 2015-04-25 10,77 00:57:04 05:19 00:28:27 00:53:49
36ª 2013-04-25 10,64 01:00:44 05:42 00:28:38 00:57:34
35ª 2012-04-25 10,57 01:00:25 05:43 00:28:50 00:57:53
34ª 2011-04-25 10,61 01:05:19 06:09 00:31:20 01:01:40

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4º Triatlo da Amora (Super-Sprint)

Ontem, por volta da hora de almoço, dirigi-me com o meu enorme clube de fãs (os meus pais e a Rita) para a Amora, onde fui participar o meu segundo triatlo. As distâncias seriam novamente as de um Super Sprint: 300 metros de natação, 8 Km de ciclismo e 2 Km de corrida.

Quando lá chegámos, ainda tivemos oportunidade de assistir a uma das provas dos mais novos, já que a prova aberta em que participei foi organizada juntamente com o Campeonato Nacional Jovem. É impressionante a velocidade a que miúdos tão pequenos nadam, pedalam e correm.

Após o fim dessa prova pude entrar no parque de transição e começar a organizar todo o material, que é bastante...

Com tudo preparado, voltei a sair e pensando que faltavam uns vinte minutos para o início da minha prova, comecei a vestir o WetSuit... Não é tarefa fácil!



Já de fato vestido e touca posta, oiço dizer que a partida da minha prova, marcada para as 13:45, tinha passado para as 14:20... Fantástico, mais 35 minutos de espera "ensanduichado"! Mas a alternativa de despir e voltar a vestir o fato não me agradou muito.

Não costumo ficar nervoso antes das provas, mas desta vez confesso que estava um pouco, principalmente por ser a primeira vez que ia usar o WetSuit numa prova. Já o tinha usado na piscina, mas não é a mesma coisa e apesar de nadar muito mais rápido com ele, também fico cansado mais rapidamente. 

Nervos à parte, estava na hora de entrar na água. Pé ante pé, lá fui, pisando não sei bem o quê (acho que era melhor nem saber o que lá estava em baixo!) e consegui logo perceber que, ao nível da temperatura, o fato cumpria muito bem a sua função. Se a água estava fria não parecia. Dei meia dúzia de braçadas só para mexer um pouco os braços e fiquei a aguardar o início.


Segmento 1 - Natação (06:06)
Tenho a sensação de ter arrancado um pouco rápido demais e de seguir mais desorientado do que em Oeiras. Cheguei à primeira bóia já um pouco cansado e demasiado ao largo. Tentei acalmar, reduzir um pouco o ritmo e melhorar a trajectória para a segunda bóia.


Depois de contornar a segunda bóia senti-me novamente mais desorientado, por vezes com a sensação de estar a nadar para o lado em vez de ir na direcção da saída. Foi também neste regresso que acabei por levar mais "pancada" - primeiro de um atleta atrás / ao lado, e quase a sair da água levei uma patada tão grande em cheio no olho esquerdo que tive de parar, tirar os óculos (que tinha feito tipo vácuo no olho) e voltar a pô-los.




Transição 1 - Natação - Ciclismo
Esta transição para o ciclismo foi mais complicada do que a de Oeiras, mas curiosamente não foi por ter de despir o fato. Nesse campo o único problema foi o relógio. Ainda não atinei com a maneira de tirar o fato com o relógio no pulso, por isso optei por tirá-lo, pôr na boca e depois voltar a pô-lo no pulso. 

Por mais estúpido que pareça, o problema nesta transição foi calçar as meias. Quando cheguei à bicicleta, despi rapidamente o fato, mas quando me baixei para o colocar no cesto, comecei a sentir-me bastante tonto. A juntar a isso, ter deixado as meias sem ser naquela maneira dobrada para ser só meter o pé, acabou por resultar em ter de me sentar para todo este processo. 

Para terminar, ainda consegui deixar cair a bicicleta ao sair do meu lugar no parque de transição. No total devo ter demorado uns 3 ou 4 minutos.

Segmento 2 - Ciclismo (21:17)
Arranquei bem para o ciclismo, tirando sentir as meias todas enroladas nos dedos, o que me estava a deixar os pés um pouco dormentes. Não havia nada a fazer, por isso só me restava pedalar.

O percurso de ciclismo entrava no recinto do Avante, onde tínhamos algumas subidas mais chatas e que faziam a média do ciclismo descer. Ao começar a segunda volta ao percurso começou também a chover, o que me fez ter muito mais cuidado, já que em algumas curvas era relativamente fácil sair da trajectória certa. Por duas vezes estive quase a sair da estrada.

Já debaixo de alguma chuva voltei ao parque de transição.



Transição 2 - Ciclismo - Corrida (1:19)
O parque de transição era extremamente longo e com o chão molhado achei que era má ideia correr mais de 100 metros com os sapatos do ciclismo calçados. Optei por descalçá-los logo no início e correr com eles na mão. 

Imagino que seja algo pouco habitual, mas resultou melhor do que cair.

Já no meu lugar ainda lutei um pouco para calçar os ténis de corrida, mas lá acabei por conseguir e partir para o último segmento.


Segmento 3 - Corrida (09:16)
Apesar da corrida ter sido feita com uma média muito boa, as sensações não foram as melhores. Sentia-me já no limite e com dificuldade em estabilizar a respiração e os batimentos. Ia rápido mas comecei a pensar que não conseguia aguentar até ao fim e que teria de caminhar durante um bocado. 

Ao começar a segunda volta senti-me finalmente a estabilizar, mas apesar disso não consegui evitar ser ultrapassado nos últimos 100 metros de prova.

Terminei com um tempo de 00:40:05, o que constitui uma melhoria de cerca de 4 minutos face à prova de Oeiras, embora seja difícil comparar as duas provas, visto que as distâncias não foram exactamente as mesmas.


Conclusão:
Acabei este triatlo tal como o primeiro: bastante satisfeito. Estas provas são divertidas, toda a dinâmica de fazer três modalidades seguidas e as transições entre elas acabam por tornar as provas engraçadas, nada monótonas e obrigam a esforços muito diferentes.

Fiquei satisfeito com o meu desempenho na natação e com a adaptação ao Wetsuit. Dava-me jeito fazer ainda mais uns treinos com ele, mas aos poucos isto vai lá. No ciclismo notei mais uma vez que tenho de melhorar imenso nas subidas e por fim na corrida o ritmo não foi mau, mas a transição do segmento anterior deixou mossa, tenho de gerir melhor o esforço.

Em relação à prova não notei que tivesse havido grandes problemas tirando o tal percalço com a hora de início. Se houver oportunidade e dado que é uma prova perto de casa será para repetir no futuro.

A minha prova:


Fotos:

Classificações:

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Brick Workout

Uma semana antes do duatlo da Amadora decidi fazer um treino conhecido no triatlo como Brick. Este treino consiste em fazer o treino de ciclismo e logo a seguir um treino de corrida simulando assim a sensação que se tem numa prova de triatlo ao fazer esta transição.

Pelo que fui lendo existem duas versões deste treino. Uma em que se faz um treino longo de bicicleta com distância aproximada da prova que se está a preparar e depois um de corrida com uma distância também aproximada à da prova.

Na outra versão, aquela que eu fiz, a ideia é fazer distâncias mais curtas mas repetir várias vezes. Planeei o treino para fazer o seguinte:

1 Km Corrida;
6 Km Ciclismo;
Repetir 4 vezes;
Terminar com 1 Km de corrida.

Já não corro há muito tempo e fiquei surpreendido com o ritmo que me estava a sair naturalmente. É verdade que foi só um quilómetro mas saiu a 05:19 min/km o problema foi quando reparei que estava a chegar à transição com o ritmo cardíaco bastante alto.

A transição foi só descalçar os tenis, calçar os sapatos de ciclismo sair da garagem e meter-me em cima da bicicleta.

Neste primeiro percurso de ciclismo não notei grandes problemas nas pernas por ter corrido antes. Senti mais o facto de ter acabado a corrida com os batimentos muito acelerados o que acabou por demorar mais a estabilizar.

O percurso de ciclismo que decidi fazer era bom por não ter muito trânsito mas por outro lado era todo ele sobe e desce o que fazia com que o ritmo tivesse muitas variações.

Ao terminar a primeira volta do ciclismo, comecei a corrida com aquela sensação de ter dois troncos no lugar das pernas. Parace que vamos muito lentos mas na realidade até vamos a um ritmo bom. Ao longo das 4 repetições que fiz esta sensação foi-se dissipando.

Li algures que no final do treino de ciclismo convem aumentar um pouco mais a cadência para preparar logo as pernas para a transição, tentei fazer sempre isto, não sei se na prática funciona ou não.

Queria ainda antes do triatlo de Lisboa fazer mais um treino destes mas com apenas uma repetição e distâncias mais longas no ciclismo e corrida.

Para a malta mais experiente nestas coisas o que é melhor, fazer treino mais curto e com várias repetições ou fazer apenas uma transição mas com distâncias mais longas?

Treino:

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2º Duatlo da Amadora

No passado dia 26 de março participei na minha segunda prova de duatlo, e desta vez com uma distância mais longa do que a da minha estreia, no duatlo do Jumbo.

A prova estava marcada para as 15:00, mas o material tinha de ser deixado no parque de transição até às 13:40. Eu pensava que estava a sair de casa atempadamente, mas quando entrei no carro e vi 13:26 no relógio fiquei bastante preocupado.

Acabei por chegar em cima da hora, mas ainda a tempo de deixar as coisas no parque. O problema foi arranjar espaço para a bicicleta e o cesto onde iam ficar os sapatos de encaixe. Depois de "empurrar" ligeiramente uma bicicleta, consegui arranjar um espacinho para a minha e deixar o capacete e os sapatos preparados para o segundo segmento.

Nota para próximas provas: chegar cedo e arrumar as coisas calmamente e com espaço no parque de transição. Arrumar a bicicleta no carro também demora!

Com tudo preparado, relaxei um pouco e fui ver a partida da Prova Aberta bem como a chegada dos primeiros ao parque de transição, que aconteceu passado poucos minutos. É engraçado ver de fora a logística de uma transição.

Com o aproximar da hora da partida, fui fazer uma corrida de aquecimento que se revelou muito curta dado que começou a chover. Aliás começou e não mais parou, o que me deixou bastante preocupado em relação ao segmento do ciclismo. Já andei muitas vezes de bicicleta mas por receio sempre fugi da chuva. Até ao dia da prova só por duas vezes tinha pedalado naquelas condições, por isso foi com algum desconforto que fui para a linha de partida.

Segmento 1: Corrida (00:28:29)

Com o sinal de partida, o pessoal disparou logo todo pela rua abaixo, que ainda por cima era a descer. Rapidamente fiquei nos últimos lugares, algo que eu já estava à espera.

Sem preocupações fui fazendo a minha corrida, ficando surpreendido com o ritmo que estava a conseguir impor. Mesmo depois da descida estava a conseguir manter-me nos 05:30 min/km e com margem para não começar o ciclismo logo no limite. 




Transição 1: Corrida - Ciclismo (00:01:04)

Ao entrar no parque de transição, pus logo o capacete na cabeça e troquei rapidamente os sapatos. Para tirar a bicicleta do suporte tive alguma dificuldade, dado que os pedais estavam a ficar presos no cesto, mas lá me safei. 

Com o piso todo molhado e os sapatos de ciclismo calçados, achei melhor caminhar calmamente até à zona em que podia montar a bicicleta. Preferi perder algum tempo do que arriscar ir ao chão.

Segmento 2: Ciclismo (00:45:16)

A chuva não parava e comecei o ciclismo com algum receio, especialmente ao passar em cima de passadeiras e nas curvas. Acabei por ir ganhando alguma confiança ao longo das três voltas ao mesmo circuito mas mesmo assim fui sempre um pouco na defensiva já que a prioridade era não cair.

Consegui fazer os quase vinte quilómetros a um bom ritmo, mas sempre que apanhava as subidas ia-me a baixo. É algo que claramente tenho de melhorar.

Estranhamente a primeira volta acabou por ser a mais rápida. Digo estranhamente porque era aquela em que ainda não conhecia o percurso, apesar de ir também mais fresco.

Volta 1 - 14:35
Volta 2 - 15:23
Volta 3 - 15:00

Confesso que não gostei muito do circuito de ciclismo, era um pouco sinuoso e tinha ruas com o piso em mau estado, obras, e pior ainda, uma zona onde tínhamos de cruzar uma linha de comboio.

Talvez para compensar isso e por causa da chuva, nos pontos mais perigosos do percurso estavam sempre elementos da organização a chamar a atenção para os atletas abrandarem.

Transição 2: Ciclismo - Corrida (00:01:05)

No final do segmento de ciclismo parei a bicicleta antes da linha limite  para desmontar e com todos os cuidados caminhei até à minha zona. 

Calçar os ténis de correr molhados foi mais difícil do que o habitual, mas mesmo assim acabou por ser uma transição mais rápida que a primeira.

Segmento 3: Corrida (00:13:38)

Estava finalmente no último segmento, em que só faltava fazer mais uma volta no circuito que já tinha feito no início. O ritmo não foi tão bom como no primeiro segmento, mas mesmo assim ainda consegui ir perto dos 05:30 min/km.

Tentei não perder posições, mas foi complicado. Logo no início fui ultrapassado por um atleta que tinha passado no final do ciclismo e julgo que ainda fui ultrapassado mais duas vezes até ao final. Aliás o último passou-me a cerca de 10 metros da meta, mas nem consegui acelerar.

Acabei com um tempo de 01:29:33, o que me parece que nem foi mau de todo, visto ser a primeira vez que experimentei um duatlo com estas distâncias. O engraçado foi eu acabar a prova e pensar "Se aqui me custou fazer estes últimos 2,5 Km, como raio vou correr 10 Km no Triatlo de Lisboa, depois de ter nadado e pedalado!!!"

A minha Prova:

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Resumo Mensal - Março 2016

17:26 2 Comments

Depois de um Fevereiro demasiado parado, em Março voltei a estar mais activo mas nem por isso mais regular nos treinos. Ambas as coisas se percebem bem pelo calendário e pelos vários gráficos.

Apesar da curva ascendente em todos os gráficos alguns dos valores são um pouco enganadores, dado que fiz um treino com várias trocas corrida - ciclismo e um Duatlo. Isto faz com que tenha dez actividades de corrida mas na realidade correspondem apenas a três treinos e uma prova.

Calendário - Março 2016



Número de Actividades até Março 2016



Número de Quilómetros até Março 2016



Tem em Actividades até Março 2016

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Triatlo

Provavelmente é do conhecimento geral, mas para o caso de haver dúvidas, o triatlo é um desporto composto por três modalidades executadas por uma ordem específica. Começa com natação, passa-se para o ciclismo e termina-se com a corrida.

A origem do triatlo é atribuída a uma prova realizada em França no ano de 1920 com o nome "Les Trois Sports". Esta prova era composta por 3 Km de corrida, 12 Km de ciclismo e por fim a natação atravessando o canal de Marne. Nos anos seguintes existem mais relatos de outras provas semelhantes variando as distâncias e a ordem em que eram executadas as diferente modalidades.

A passagem do triatlo a desporto olímpico dá-se mais recentemente, em 2000, com a realização dos Jogos Olímpicos de Sydney onde participaram 48 mulheres e 52 homens em eventos separados.

Os vencedores das primeiras medalhas de Ouro Olímpico no Triatlo foram Brigitte McMahonda Suiça, pelas mulheres, com um tempo final de 02:00:40 (00:19:44 natação; 01:05:42 ciclismo; 00:35:13 corrida) e  Simon Whitfielddo Canadá, pelos homens, com um tempo final de 01:48:24 (00:18:18 natação; 00:59:20 ciclismo; 00:30:53 corrida).

A primeira presença de atletas portugueses nesta modalidade dos Jogos Olímpicos foi logo na edição seguinte, em 2004, nos jogos de Atenas.

Vanessa Fernandes foi a atleta que representou Portugal nestes jogos conseguindo um oitavo lugar. A mesma atleta viria a repetir a presença quatro anos depois em Pequim, obtendo uma medalha de prata, aquela que é, até hoje, a única medalha olímpica portuguesa nesta modalidade. 

2008 foi também o ano em que tivemos a primeira participação masculina com um 17.º lugar do atleta Bruno Pais e um 45.º lugar do atleta Duarte Marques.

Tipos de Prova


Tal como na corrida com as provas de 10 Km, Meia Maratona, Maratona e outras, também no triatlo existem diversos tipos de provas, cada uma com as suas distâncias. As mais conhecidas são:


Tipo de Prova Natação Ciclismo Corrida
Super-Sprint 300 metros 10 Km 2,5 Km
Sprint 700 metros 20 Km 5 Km
Olímpico 1,5 Km 40 Km 10 Km
Half Iron-Man 1,9 Km 90 Km 21,1 Km
IronMan 3,8 Km 180 Km 42,2 Km

Muitas vezes existem variações a estas distâncias, especialmente variantes da Versão Olímpica. Por exemplo, o Triatlo de Lisboa, que se realiza no início de Maio, tem como prova principal o Half Iron-Man, ao mesmo tempo que apresenta também uma prova designada de "Olympic Plus".

Esta prova Olympic Plus é composta por 950 metros de natação, 45 Km de ciclismo e 10,5 Km de corrida. Penso que o motivo destas variações nas provas mais curtas seja que o percurso dos vários segmentos corresponda a metade da prova longa, ou seja reaproveita-se os mesmos percursos mas com menos voltas.


Record do Mundo do Iron Man

Este record pertence a Jan Frodeno, atleta alemão, tendo sido obtido no ano de 2016, no Challenge Roth. Este atleta terminou com um tempo incrível de 07:35:39, que é ainda mais incrível se analisarmos os tempos de cada segmento. Imaginem o que é nadar 3,8 Km em 00:45:22, de seguida pedalar 180 Km em 04:09:22, o que corresponde a uma média de 43 km/h, e depois disto tudo ainda correr uma Maratona em 02:40:35. Impressionante!!!

Material Usado

Num triatlo cada um dos segmentos tem o seu material específico, mas normalmente há uma peça que nos acompanha ao longo de toda a prova, o chamado Tri Suit. Apesar do nome pomposo na realidade esta peça não é mais do que a junção da parte de baixo e de cima na mesma peça de roupa. Esta peça costuma ser única, no entanto há também uma versão de duas peças separadas, para a zona inferior e superior do corpo.

Uma dúvida que tive logo que comecei a interessar-me por triatlo foi exactamente a questão do equipamento que devia usar durante toda a prova, em especial no ciclismo. Eu estava habituado a andar de bicicleta com uns calções específicos com carneira. Ora este tipo de calções não dão jeito nenhum para correr, e a grossura das carneiras não é a melhor para usar na natação e ficar ensopada de água.

É aqui que entra o tri suit. Estes fatos estão preparados para as 3 modalidades, têm uma carneira pequena que não incomoda nada na corrida e que proporciona uma pequena camada para quando nos sentamos no selim da bicicleta estarmos mais "amortecidos". São também de um material que seca rapidamente. Julgo que não há nenhuma regra que vos impeça de vestir um equipamento de ciclismo na transição mas tenham em conta que o parque costuma ser aberto, ao ar livre e com muita gente à volta a ver! :)

Há muito material que pode ser usado num triatlo, mas diria que para experimentar um triatlo o essencial é o seguinte:

Natação
  • Tri Suit (usado em toda a prova)
  • Touca
  • Óculos
  • Wet Suit (obrigatório, facultativo, ou proibido consoante a temperatura da água)

Ciclismo:
  • Bicicleta
  • Capacete

Corrida:
  • Ténis

Pessoalmente acho que com o material acima descrito conseguem fazer uma prova Super-Sprint. O wet suit pode ser dispensável (fiz o meu primeiro triatlo sem ele) mas têm de ter em atenção a temperatura da água. Até mesmo o tri suit pode ser dispensável. Uns simples calções que sequem com relativa rapidez e uma t-shirt que vistam na transição para o ciclismo e corrida serve.

A bicicleta tem de ser vossa ou de algum amigo, e não se preocupem se a única bicicleta que tiverem for de BTT. É uma bicicleta, não é? Eu tenho uma de estrada e no Triatlo de Oeiras fiquei atrás de muita gente com bicicletas de BTT, por isso qualquer bicicleta serve desde que tenham perninhas para a fazer andar. :)

Para terminar, deixo dois posts que fiz na altura em que me estreei no triatlo. Espero que sirvam para esclarecer algumas duvidas que tenham, tal como eu tive, e continuo a ter, e que vos possa motivar a experimentar uma prova para terem um primeiro contacto com a modalidade.

Post 1: Um resumo pré-prova do que foi a minha preparação e com as dúvidas e preocupações que tive na altura.

Post 2: Resumo do meu primeiro triatlo feito em Junho de 2015, em Oeiras.

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Triatlo da Amora (Prova Aberta) - Divulgação

No próximo dia 16 de Abril realiza-se na Amora, Seixal, a 4ª edição do Triatlo Jovem da Amora. Esta prova será pontuável para o Campeonato Nacional Jovem de Clubes e terá também uma prova aberta a todos os que queiram experimentar a modalidade.

Como referi a prova aberta tem as inscrições abertas para todos e sendo uma distância de Super-Sprint pode ser o ideal para uma primeira experência em Triatlo.

Quem se inscrever terá pela frente 300 metros de Natação feitos no Rio Tejo, 8 Km de Ciclismo num percurso feito em estrada e 2 Km de Corrida também feitos em estrada.

As inscrições para a Prova aberta podem ser feitas até ao dia 11 de Abril idealmente através da aplicação do site da Federação Portuguesa de Triatlo.

Para mais informações sobre a prova e inscrição podem consultar os links abaixo:
Eu já estou inscrito. Será a minha segunda prova de triatlo e apesar de ser novamente um Super-Sprint vai ser bom para testar o WetSuit em prova e ver como está a forma fisica a 3 semanas do Triatlo de Lisboa.

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