Ontem, por volta da hora de almoço, dirigi-me com o meu enorme clube de fãs (os meus pais e a Rita) para a Amora, onde fui participar o meu segundo triatlo. As distâncias seriam novamente as de um Super Sprint: 300 metros de natação, 8 Km de ciclismo e 2 Km de corrida.
Quando lá chegámos, ainda tivemos oportunidade de assistir a uma das provas dos mais novos, já que a prova aberta em que participei foi organizada juntamente com o Campeonato Nacional Jovem. É impressionante a velocidade a que miúdos tão pequenos nadam, pedalam e correm.
Após o fim dessa prova pude entrar no parque de transição e começar a organizar todo o material, que é bastante...
Com tudo preparado, voltei a sair e pensando que faltavam uns vinte minutos para o início da minha prova, comecei a vestir o WetSuit... Não é tarefa fácil!
Já de fato vestido e touca posta, oiço dizer que a partida da minha prova, marcada para as 13:45, tinha passado para as 14:20... Fantástico, mais 35 minutos de espera "ensanduichado"! Mas a alternativa de despir e voltar a vestir o fato não me agradou muito.
Não costumo ficar nervoso antes das provas, mas desta vez confesso que estava um pouco, principalmente por ser a primeira vez que ia usar o WetSuit numa prova. Já o tinha usado na piscina, mas não é a mesma coisa e apesar de nadar muito mais rápido com ele, também fico cansado mais rapidamente.
Nervos à parte, estava na hora de entrar na água. Pé ante pé, lá fui, pisando não sei bem o quê (acho que era melhor nem saber o que lá estava em baixo!) e consegui logo perceber que, ao nível da temperatura, o fato cumpria muito bem a sua função. Se a água estava fria não parecia. Dei meia dúzia de braçadas só para mexer um pouco os braços e fiquei a aguardar o início.
Segmento 1 - Natação (06:06)
Tenho a sensação de ter arrancado um pouco rápido demais e de seguir mais desorientado do que em Oeiras. Cheguei à primeira bóia já um pouco cansado e demasiado ao largo. Tentei acalmar, reduzir um pouco o ritmo e melhorar a trajectória para a segunda bóia.
Depois de contornar a segunda bóia senti-me novamente mais desorientado, por vezes com a sensação de estar a nadar para o lado em vez de ir na direcção da saída. Foi também neste regresso que acabei por levar mais "pancada" - primeiro de um atleta atrás / ao lado, e quase a sair da água levei uma patada tão grande em cheio no olho esquerdo que tive de parar, tirar os óculos (que tinha feito tipo vácuo no olho) e voltar a pô-los.
Transição 1 - Natação - Ciclismo
Esta transição para o ciclismo foi mais complicada do que a de Oeiras, mas curiosamente não foi por ter de despir o fato. Nesse campo o único problema foi o relógio. Ainda não atinei com a maneira de tirar o fato com o relógio no pulso, por isso optei por tirá-lo, pôr na boca e depois voltar a pô-lo no pulso.
Por mais estúpido que pareça, o problema nesta transição foi calçar as meias. Quando cheguei à bicicleta, despi rapidamente o fato, mas quando me baixei para o colocar no cesto, comecei a sentir-me bastante tonto. A juntar a isso, ter deixado as meias sem ser naquela maneira dobrada para ser só meter o pé, acabou por resultar em ter de me sentar para todo este processo.
Para terminar, ainda consegui deixar cair a bicicleta ao sair do meu lugar no parque de transição. No total devo ter demorado uns 3 ou 4 minutos.
Segmento 2 - Ciclismo (21:17)
Arranquei bem para o ciclismo, tirando sentir as meias todas enroladas nos dedos, o que me estava a deixar os pés um pouco dormentes. Não havia nada a fazer, por isso só me restava pedalar.
O percurso de ciclismo entrava no recinto do Avante, onde tínhamos algumas subidas mais chatas e que faziam a média do ciclismo descer. Ao começar a segunda volta ao percurso começou também a chover, o que me fez ter muito mais cuidado, já que em algumas curvas era relativamente fácil sair da trajectória certa. Por duas vezes estive quase a sair da estrada.
Já debaixo de alguma chuva voltei ao parque de transição.
Transição 2 - Ciclismo - Corrida (1:19)
O parque de transição era extremamente longo e com o chão molhado achei que era má ideia correr mais de 100 metros com os sapatos do ciclismo calçados. Optei por descalçá-los logo no início e correr com eles na mão.
Imagino que seja algo pouco habitual, mas resultou melhor do que cair.
Já no meu lugar ainda lutei um pouco para calçar os ténis de corrida, mas lá acabei por conseguir e partir para o último segmento.
Segmento 3 - Corrida (09:16)
Apesar da corrida ter sido feita com uma média muito boa, as sensações não foram as melhores. Sentia-me já no limite e com dificuldade em estabilizar a respiração e os batimentos. Ia rápido mas comecei a pensar que não conseguia aguentar até ao fim e que teria de caminhar durante um bocado.
Ao começar a segunda volta senti-me finalmente a estabilizar, mas apesar disso não consegui evitar ser ultrapassado nos últimos 100 metros de prova.
Terminei com um tempo de 00:40:05, o que constitui uma melhoria de cerca de 4 minutos face à prova de Oeiras, embora seja difícil comparar as duas provas, visto que as distâncias não foram exactamente as mesmas.
Conclusão:
Acabei este triatlo tal como o primeiro: bastante satisfeito. Estas provas são divertidas, toda a dinâmica de fazer três modalidades seguidas e as transições entre elas acabam por tornar as provas engraçadas, nada monótonas e obrigam a esforços muito diferentes.
Fiquei satisfeito com o meu desempenho na natação e com a adaptação ao Wetsuit. Dava-me jeito fazer ainda mais uns treinos com ele, mas aos poucos isto vai lá. No ciclismo notei mais uma vez que tenho de melhorar imenso nas subidas e por fim na corrida o ritmo não foi mau, mas a transição do segmento anterior deixou mossa, tenho de gerir melhor o esforço.
Em relação à prova não notei que tivesse havido grandes problemas tirando o tal percalço com a hora de início. Se houver oportunidade e dado que é uma prova perto de casa será para repetir no futuro.
A minha prova:
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